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Por Jow Oliveira (Servidor e Delegado Sindical)
As centrais sindicais exercem um papel estratégico na estrutura de representação da classe trabalhadora. No caso dos servidores públicos, sua atuação é ainda mais crucial diante das sucessivas tentativas de desmonte do serviço público e da precarização dos direitos dos trabalhadores do Estado.
Diferentemente dos sindicatos de base, que representam categorias específicas, as centrais sindicais reúnem diversas entidades sindicais sob uma mesma plataforma de ação. Elas articulam lutas em nível nacional, influenciam políticas públicas, pressionam o parlamento e o executivo, e dialogam com a sociedade em defesa de um projeto de país que valorize os serviços públicos e seus profissionais.
Quando um servidor tem seu salário congelado, sua carreira desvalorizada ou seus direitos ameaçados por reformas administrativas, são as centrais sindicais que amplificam essa luta para além dos muros do setor público. Elas organizam greves gerais, mobilizações unitárias e campanhas de enfrentamento às políticas neoliberais que fragilizam o Estado e penalizam os trabalhadores.
Mais do que instâncias de mobilização, as centrais são espaços de formulação política, de unidade na diversidade e de resistência coletiva. Em tempos de ataques à estabilidade, à previdência e ao caráter público dos serviços essenciais, fortalecer as centrais sindicais é fortalecer a própria democracia.
Nesse cenário, é motivo de orgulho destacar que a presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itapira, Cristina Helena Gomes, ocupa atualmente o cargo de Secretária Nacional do Serviço Público da Força Sindical. Sua atuação qualificada e comprometida leva a voz dos servidores de Itapira para o debate nacional, reforçando a luta em defesa do funcionalismo público e por um Brasil mais justo e inclusivo.
Servidores públicos bem organizados são um obstáculo para quem quer destruir direitos. E as centrais sindicais são, historicamente, uma das principais trincheiras dessa resistência.
